ÁCIDO PERFLUOROOCTANÓICO
Comunicação de Risco
PFOA
O ácido perfluorooctanóico (PFOA) faz parte de uma classe de compostos organofluorados - os perfluoroalquilos -, cuja cadeia de carbono é constituída por átomos de flúor e por um ou mais átomos ou grupos funcionais diferentes.
Vias de Exposição:
Exposição oral
Exposição por inalação
Exposição cutânea
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Estamos expostos através do ambiente e dos produtos que utilizem este tipo de compostos
Utilizações:
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Revestimentos antiaderentes usados em utensílios de cozinha
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Produtos de couro
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Embalagens de cartão ou plástico
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Espumas de combate a incêndios
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Revestimento de fios elétricos
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Têxteis
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Dispositivos médicos
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Adesivos
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Tintas
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Produtos de higiene pessoal
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Cosméticos
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Protetores solares
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Revestimentos e proteção de superfícies
Hipertensão
Asma
Fertilidade
Ácido úrico
Resposta imune
Doenças da tiroide
Disrupção endócrina
Lesões hepáticas
Teratogenicidade
Menopausa precoce
Taxa de Filtração Glomerular
Osteoartrite < 50 anos
Colesterol total e LDL
Possível causa de cancro
IARC
Classe 2B - "possivelmente carcinogénico" [1]
Legislação
Não existe nenhum dado na legislação que obrigue a que esteja descrita a menção de que os produtos contêm PFOA, no entanto, existem produtos que apresentam, na sua rotulagem, a menção de que não contêm PFOA.
EUA:
O PFOA e os seus sais foram banidos.
Europa:
Foi estabelecido, em 2020, um valor limite de 0,025 mg/kg.
(para aplicações onde esses valores ainda não podem ser atingidos, aplicam-se valores limites mais elevados sujeitos a revisão num prazo de 3 anos).
Sintomas de exposição [2]:
Tosse e dor de garganta
Pode ser absorvido!
Vermelhidão e dor
Vermelhidão e dor
Dor abdominal, náuseas, vómitos e diarreia
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Prevenção da exposição [2,3,4]:
Evitar o contacto durante a gravidez e ao amamentar.
Inalação: Usar exaustão local ou proteção respiratória. Não inalar as poeiras/ fumos/ gases/ névoas/ vapores/ aerossóis.
Pele: Usar luvas e roupa de proteção.
Olhos: Usar óculos de segurança ou proteção para os olhos em combinação com proteção respiratória, se estiver na forma de pó.
Ingestão: Não comer, beber, ou fumar durante o trabalho. Parar ou limitar a ingestão de peixes de águas contaminadas com PFOA. Verificar com os departamentos de saúde pública e qualidade ambiental se há avisos em vigor na área onde vive, de modo a informar-se sobre quais os tipos e fontes locais de peixe que são seguros para ingerir. A exposição pode ser também reduzida utilizando uma fonte alternativa ou tratada de água para beber, preparar alimentos, cozinhar, escovar os dentes e qualquer outra atividade que possa resultar na ingestão de água. Este tratamento da água pode ser realizado por osmose inversa com incorporação de carvão ativado, por exemplo.
O que fazer em caso de exposição [2,3]?
Inalação: Transportar a pessoa para um local ventilado e mantê-la em repouso numa posição que não dificulte a respiração. Pode ser necessária a respiração artificial.
Pele: Usar luvas de proteção durante os primeiros socorros. Retirar imediatamente toda a roupa contaminada. Enxaguar e lavar a pele com água e sabão.
Olhos: Enxaguar abundantemente com água durante vários minutos. Remover as lentes de contacto.
Ingestão: Enxaguar a boca. Dar um ou dois copos de água para beber. Evitar o vómito. Não tentar neutralizar o agente tóxico.
Em caso de exposição, como eliminar o PFOA do nosso organismo [4]?
Não há intervenções médicas que consigam remover o PFOA do nosso organismo. A melhor intervenção é interromper a fonte de exposição.
A ATSDR (Agency for Toxic Substances and Disease Registry) não recomenda nenhum tratamento específico para pessoas que foram expostas ao PFOA.
É recomendado relatar qualquer preocupação que tenha relativamente a uma intoxicação com PFOA ao Centro de Informação Antivenenos ou a um profissional de saúde.
800 250 250
Referências Bibliográficas
[1] 2017. SOME CHEMICALS USED AS SOLVENTS AND IN POLYMER MANUFACTURE. IARC Working Group on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans, p.98. Available at: <https://monographs.iarc.who.int/wp-content/uploads/2018/06/mono110.pdf> [Accessed 3 March 2021].
[2] International Chemical Safety Cards. 2017. ICSC 1613 - PERFLUOROOCTANOIC ACID. [online] Available at: <https://www.ilo.org/dyn/icsc/showcard.display?p_version=2&p_card_id=1613> [Accessed 22 March 2021].
[3] Sigma-Aldrich. 2020. MSDS - 171468. [online] Available at: <https://www.sigmaaldrich.com/MSDS/MSDS/DisplayMSDSPage.do?country=PT&language=pt&productNumber=171468&brand=ALDRICH&PageToGoToURL=https%3A%2F%2Fwww.sigmaaldrich.com%2Fcatalog%2Fproduct%2Faldrich%2F171468%3Flang%3Dpt> [Accessed 22 March 2021].
[4] Atsdr.cdc.gov. n.d. What ATSDR doing with PFAS | ATSDR. [online] Available at: <https://www.atsdr.cdc.gov/pfas/activities/index.html> [Accessed 29 March 2021].
Nota: As restantes referências bibliográficas encontram-se nas respetivas páginas "VER MAIS".
Declaração de Integridade
Os autores deste trabalho, Ana Carolina Pinto Pereira (nº201706004), Marta Sofia de Castro Agostinho (nº201709273), Oriana Raquel Cruz Graça (nº 201704198), estudantes do MICF da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, declaramos ter atuado com absoluta integridade na elaboração desta monografia. Nesse sentido, confirmamos que NÃO incorremos em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou partes dele). Mais declaramos que todas as frases que retiramos de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores foram referenciadas ou redigidas com novas palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica.
Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 22 de março de 2021
Contribuímos para o resumo da página da Wikipédia em Português do Ácido perfluorooctanóico (link), no que diz respeito ao conteúdo
dos mecanismos de toxicidade e toxicocinética (absorção, distribuição, metabolismo e excreção).